Um drama familiar beira a tragédia

Uma jovem em crise psiquiátrica esfaqueia a mãe e o irmão na avenida Olímpica, nas proximidades do estádio General Fernando Lopes da Costa



A mãe foi socorrida pela equipe do PU e segundo informações do blog do Alan Gonçalves, ela se submeteu a uma cirurgia e se encontra em estado grave, o irmão com ferimentos leves sendo liberado depois de atendido, sem no entanto a reportagem informar sobre o atendimento a paciente em crise, que em outubro de 2017 desapareceu por alguns dias causando grande comoção nas redes sociais, e na própria família.

É a segunda grave ocorrência envolvendo pacientes psiquiátricos em pouco mais de trinta dias... 

...em dezembro de 2017 um paciente teve uma violenta crise dentro da ala psiquiátrica do Hospital São Vicente de Paulo, chegou a ameaçar diversos profissionais até no PU com a necessidade de grande contingente policial e do corpo de bombeiros...

...e só foi controlado com a chegada do irmão, este caso inclusive já se tornou alvo de ação judicial contra o hospital, o município e o estado, além de registro de boletim de ocorrência...

...foi um verdadeiro festival de grosseiros erros na condução deste caso, que ainda será relatado com detalhes.

Se voltarmos um pouco mais no tempo, tivemos em novembro de 2016 um jovem em crise psiquiátrica na rua Aristides Figueiredo, onde ele depredou lojas e veículos em um surto incontrolável, ao ponto de policiais e bombeiros estarem perto e sem ter o que fazer.

A secretária de saúde do município tem nesses casos um grande desafio, que é evitar que situações com pacientes psiquiátricos em crise extremamente violentas se tornem recorrentes com a real implantação de um atendimento de pronto socorro psiquiátrico, com profissionais especializados de sobreaviso para serem acionados junto com a equipe do PU.

Além de viabilizar uma equipe de emergência psiquiátrica, a secretária Maria de Lourdes precisa urgentemente verificar de perto como o hospital está mantendo a ala psiquiátrica, que é financiada com recursos SUS repassados pela SMS-BJI. 



Na ocasião do paciente que surtou dentro das dependências do hospital em dezembro de 2017, eu procurei a direção em busca de esclarecimentos para elaborar uma matéria sobre o tema...

...enviando seis perguntas pelo bate papo da página oficial do H.S.V.P. no Facebook no dia 13 de dezembro... 

...o administrador da página, que não se identificou, me respondeu somente no dia 20 de dezembro, uma semana depois, e mesmo assim só para me comunicar que encaminhou as perguntas ao “diretor responsável”.



Hoje, dia 16 de janeiro de 2017 ainda não fui respondido pela “diretor responsável”... 
...quem sabe tornando públicas as perguntas, obtenhamos as respostas a contento.

01 – O paciente deu entrada no PU as 23:30 h, pergunto se ele chegou só e voluntariamente e como era o estado psíquico dele no momento em que chegou?

02 – Haviam enfermeiros especializados em atendimento psiquiátrico na ala de psiquiatria do H.S.V.P. no momento da ocorrência?

03 – Um médico plantonista do PU tem prerrogativa de conceder alta hospitalar a um paciente em crise psiquiátrica?

04 – A ala psiquiátrica do H.S.V.P. funciona sob convênio ou contrato de prestação de serviços com a Secretaria Municipal de Saúde, tal contrato prevê a manutenção de enfermeiros especializados em atendimento psiquiátrico em regime de plantão 24h?

05 – Qual valor mensal repassado pela SMS-PMBJI só para o atendimento psiquiátrico do H.S.V.P.

06 – É verdade que já faz alguns meses que o setor de psiquiatria do H.S.V.P. está funcionando sem enfermeiros de plantão durante a noite?


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