País | Eleição presidencial de 2018 começa a subir no telhado

Em 1964, o Marechal Castelo Branco tomou posse prometendo eleições em 1965, mas JK surgiu como favoritíssimo


Com seu favoritismo se confirmando a cada pesquisa da disputa presidencial de 65, JK passou a ser impiedosamente perseguido pelo Ministério Público e parte do judiciário, paralelo a um verdadeiro massacre dos principais jornais do país, que não convencendo a opinião pública nas intenções de votos do ex-presidente, o golpe se consolidou sem eleições até 1985, com a primeira eleição somente em 1989.

A história se repete, e a cada capítulo deste golpe de 2016, temos novos sinais que as eleições de 2018 será de alguma forma sabotada, de maneira que retire dos eleitores o poder de escolher quem COMANDARÁ o país.

Já faz tempo que venho conjecturando sobre a possibilidade de um golpe-dentro-do-golpe, que os beneficiários do desmanche do passivo nacional não iriam jamais correr o risco de ver tudo revertido a partir de janeiro de 2019, e no blog Conversa Afiada temos dois textos que praticamente confirma o que receio.

01 – Na seção “Painel”, da Folha de São Paulo de 19/11/2017

Agora ou nunca

 A última porta para instalação de um regime semipresidencialista no país foi aberta. Na última terça (14), o ministro Alexandre de Moraes pediu a inclusão na pauta de julgamentos do Supremo de uma ação que questiona se o Congresso poderia mudar o sistema de governo mesmo após a rejeição do parlamentarismo no plebiscito de 1993. Se o tribunal entender que sim, abre-se uma brecha para a articulação que o presidente Michel Temer gesta há meses com seus aliados.

A origem

 O mandado de segurança que trata do assunto está na corte desde 1997 e foi proposto por partidos que questionaram tentativa de aprovar uma emenda constitucional que instituísse o parlamentarismo depois da rejeição do regime por uma consulta popular.

Sem saída

Se o STF decidir que a articulação de uma emenda contraria a Constituição, qualquer iniciativa desse tipo terá que ser descartada. Temer tem consultado aliados no Congresso sobre o assunto e discutiu a mudança do sistema de governo com o ministro Gilmar Mendes.

02 - O comentário de Paulo Henrique Amorim sobre esta nota da seção Painel da Folha de São Paulo

O Conversa Afiada já demonstrou que o projeto do Ministro Gilmar Mendes é fazer do Lula uma Rainha da Inglaterra 

Inúteis divagações com Mino Carta, nesse feriadão, levaram​ o ansioso bl​o​gueiro​ a admitir​ que o "semi​-​presidencialismo", na verdade, significa não realizar eleição em 2018.

​Por que dar o Golpe no Golpe, produzir um Frankenstein - como demonstrou o professor Luiz Felipe de Alencastro, em luminosa palestra na Casa do Saber - e realizar uma eleição em que o Lula se eleja?

O Lula nã​o​ interessa nem como ​Rainha da Inglaterra, ponderou o Mino.
Sim, porque ele poderia se transformar numa... Rainha Vitória - pensou, inutilmente, o ansioso blo​gueiro!

​Ou pior, numa Catarina da Rússia e degolar os conspiradores!​

De fato, o semi-presidencialismo, agora também do Notável Constitucionalista Alexandre de Moraes, não correria esse risco.

E o covil do Congresso não tardaria ​a​ aprovar​ o Golpe no Golpe ​ - com ​a ​extensão d​e todos ​os mandatos, de forma generalizada!

​Eleição de 2018?

Bye-bye, Bolsonaro!

PHA​

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