Auditoria realizada pela nova diretoria da fundação encontrou
um festival de irregularidades e dívidas de gestões passadas, e até um
inquérito civil tramitando na Promotoria de Justiça de Fundações
As maiores dívidas se concentram com a Previdência Social e com o Auto Posto 2000, que juntas podem alcançar a casa dos R$ 170 mil reais, no caso com a União a demanda já foi negociada e está sendo quitada, já sobre os combustíveis, se faz necessário aprofundar na auditoria que está em andamento.
Previdência Social:
Somente em repasses sonegados à Previdência Social, o rombo atinge R$ 74.139,42 mil reais, sendo que a dívida com a União já se encontra negociada com acordo definido em sessenta parcelas de aproximadamente R$ 1.400,00.
Auto Posto 2000
Previdência Social:
Somente em repasses sonegados à Previdência Social, o rombo atinge R$ 74.139,42 mil reais, sendo que a dívida com a União já se encontra negociada com acordo definido em sessenta parcelas de aproximadamente R$ 1.400,00.
Auto Posto 2000
A dívida em combustíveis encontrada em duas cobranças
totaliza R$ 101.442, 67, tendo ainda um segundo entendimento de que a mesma
seria de aproximadamente R$ 95 mil reais, e é a que mais levanta suspeitas
sobre a real existência da mesma, ao passo que inicialmente foi entregue um
demonstrativo com valores datados entre 28 de fevereiro a 9 março de 2017
totalizando R$ 22.203,82, para depois ser apresentadas cinco notas fiscais que
juntas totalizam a monta de R$ 79.238,85, com um detalhe indicioso, em que
todas as cinco notas foram emitidas via certificado digital no mesmo dia, 24 de
fevereiro de 2017, antes da cobrança de R$ 22.203,82 e todas exatamente no
mesmo valor de R$ 15.847,77, com elas sendo emitidas ao mesmo instante, tanto que a diferença de tempo de emissão entre uma nota e outra são de poucos segundos.
Ainda existiam dívidas que já foram sanadas, como uma de
aproximadamente R$ 28 mil reais com fornecedor de peças automotivas e outras
pequenas despesas que serão quitadas em breve que podem chegar a R$ 3 mil
reais, mas que estão fazendo com que a fundação esteja negativada no Serasa.
Para reequilibrar as contas da fundação, a atual
diretoria decidiu nos dias 10 e 15 de março de 2017, pela suspensão de todos os
pagamentos de despesas anteriores a março de 2017, e que em muitos casos não havia
processo administrativo autorizando as mesmas, além de suspender todas as
isenções concedias irregularmente em 2016 e que estavam vigentes, somente essas
proporcionaram um prejuízo de aproximadamente R$ 20 mil reais, e desde então
que a casa começou a ser colocada em ordem ao exercer controle rígido sobre os
processos de pagamentos da fundação.
O caso das concessões de isenções de mensalidades na
FAESP em 2016 é escandaloso, uma verdadeira esculhambação com os estudantes que
pagam a mensalidade, ao verem alguns privilegiados sendo abonados do pagamento
sem critério algum, tanto que a partir de março de 2017 que se providenciou
regras criteriosas para tais concessões, que passam pelo crivo de uma
assistente social instituindo assim uma efetiva triagem para se obter o
benefício.
Ainda sobre essas isenções da FAESP, em breve trarei a
público provas cabais e irrefutáveis do nefasto aparelhamento político que se
instituiu nesta fundação e nessas concessões.
Também foram encontrados cinco servidores que estavam trabalhando
na FAESP e que não estavam devidamente regularizados, estavam sem carteira
assinada, situação já providenciada e que gerou a necessidade de negociação
para o acordo entre as partes.
O Inquérito Civil 16/2015 Promotoria de Justiça de Fundações
O Inquérito Civil 16/2015 Promotoria de Justiça de Fundações
Durante os trabalhos da auditoria, foi detectada a
existência de um inquérito civil tramitando desde o dia 09 de novembro de 2015
no Ministério Público-RJ, na Promotoria de Justiça de Fundações, que investiga
todas as gestões da FAESP a partir de 2007 e que até a posse da nova gestão o
mesmo ainda não havia sido respondido, salientando ainda que somente a gestão
2010/2013 que enviou prestação de contas formalizada ao órgão ministerial.
Tanto o presidente Elênio Bastos como o vice Wisley
Fernandes, já se reuniram no dia 15 de maio de 2017 com a promotora de justiça
que acompanha inquérito, comunicando que estão auditando as contas da
instituição, e que em breve enviarão um relatório com todas as informações
solicitadas a partir de 2007.
A gravidade da situação da FAESP neste inquérito civil
16/2015, sob protocolo 2015.01215262 pode ser mensurada no termo de declaração
assinado pelo presidente e vice-presidente da fundação, a qual argumenta-se que
“se a fundação fosse EXTINTA, hoje, mais de 400 alunos parariam de estudar” por
falta de transporte subsidiado, o que nos leva a interpretar que o Ministério
Público pode ter chegado a se posicionar pelo fim da instituição.
Este inquérito que tem tudo para se converter em denúncia
do MPRJ, está fazendo com que alguns personagens de gestões passadas se sintam
incomodados, pois muitos desses não prestaram contas em suas passagens, e sem
dúvidas que esses serão implicados neste procedimento que tramita.
Mesmo com a situação caótica em que se encontrava a FAESP
até o início de março de 2017, inclusive até encontrando ônibus apreendido por
documentação irregular, a atual diretoria já obteve avanços significativos
dando estabilidade financeira a instituição, em breve será anunciada a
aquisição de dois micro-ônibus que serão cedidos pelo governo do Estado, e hoje
a situação se aproxima da normalidade no que tange o atendimento aos
estudantes.
Leia também: Caixa-preta da Faesp comprova o aparelhamento político existente na instituição
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