Praça de Rosal será remodelada para a festa de julho

Com polêmicas “à flor da pele”, tratou-se de uma estrutura dos anos oitenta como se patrimônio histórico fosse, mas não é bem assim



>A demolição e o projeto

A “cabana” que foi demolida será reconstruída com projeto arquitetônico do genial rosalense Geraldo Ourique, nosso amigo Lalado, que não cobrou pelo serviço, e com o consentimento e aprovação de um dos filhos do personagem homenageado na estrutura, e com a garantia de que o mesmo comerciante que trabalha no local permanecerá trabalhando, e em condições melhores e adequadas para um estabelecimento que vende bebidas e alimentos.

A obra se iniciará em breve, será executada por funcionários da secretaria de obras, e a concepção arquitetônica propõe que o investimento será de baixo custo, e com o planejamento da reforma ser concluída antes da festa de Rosal 2017.

>A polêmica

O blog “Rosal no caminho certo” repercutiu o fato sem buscar todas as informações envolvidas no projeto conforme acima elencadas, criou-se uma repercussão negativa com a demolição, com algumas pessoas se manifestando nas redes sociais como se tivessem demolida a réplica da Usina Franca Amaral na praça governador Portela, mas a estrutura de alvenaria que foi demolida nem de longe representa qualquer valor histórico COMUNITÁRIO ou COLETIVO, a não ser a iniciativa de sua construção que foi totalmente desvirtuada.


A “cabana” demolida foi construída no governo Paulo Portugal entre 1983 e 1988, com o objetivo na implantação de um centro social de convivência comunitária com diversas modalidades de uso coletivo que funcionou até meados dos anos noventa, assim como foram construídos centros sociais semelhantes nos distritos de Calheiros e Pirapetinga na região serrana.

Com o passar dos anos e as transformações das políticas públicas sociais e associativas, os centros sociais construídos por Paulo Portugal perderam completamente o objetivo de sua concepção original, em Pirapetinga funciona um bar, de centro social mesmo somente na placa inaugural, inclusive neste me foi informado a existência de uma dívida com fornecimento de energia com elevados e inadimplentes valores.

Esta polêmica somente foi alimentada por falha de comunicação de todos os lados envolvidos, e não por um perfil unilateral do governo, que inclusive procurou rosalenses ilustres para discutir o tema com a aprovação de todos, ressaltando que um deles sendo o responsável pelo projeto, mas que poderia ter sido discutido e comunicado com a maioria dos rosalenses, ilustres ou desconhecidos.


>Sociedade que se organizada, tem voz e poder de realizações

Situação semelhante ocorreu em Carabuçu, porém com desfecho diferente, quando o prefeito ouviu uma sugestão de uma pessoa que estava conversando com ele na Prefeitura Itinerante para retirar um canteiro da praça central do distrito, a equipe da secretaria de obras chegou a se deslocar ao local para iniciar o serviço, quando outros moradores abordaram o administrador distrital e informaram que esses canteiros foram construídos a OITENTA ANOS, diante do alerta da população, a equipe não realizou o serviço, demonstrando aptidão ao diálogo.

Esta e outras polêmicas que vem ocorrendo nos últimos meses são o inegável sintoma de que a sociedade precisa se organizar, não há outro caminho para o modelo de coletividade ideal senão pelo associativismo, pelas Associações de Moradores e demais vertentes.

Como exemplo cito a associação de moradores da Serrinha, que se mobilizou junto com o presidente do SAAE ao triplicar a capacidade de fornecimento de água no distrito em março deste ano, o presidente da associação conseguiu o reservatório e o município reformou o mesmo, a capacidade do reservatório original da estação é de 15 mil litros, e o reservatório providenciado tem capacidade de 32 mil litros, sem dúvidas que trata-se de uma relevante conquista daquela comunidade que se articulou de maneira organizada com o poder público.

Atualmente temos em atividade as associações de moradores da Serrinha, a recém eleita de Santa Isabel, e a do Bom Jardim que está em momento transitório, faltando ainda a de Carabuçu em sua nova associação que anda muito discreta diante de tantas demandas a serem reivindicadas ao poder público, e em Rosal, Calheiros e Pirapetinga não se tem notícia de como anda as associações de lá.


>Propõe-se

O que se manifesta neste artigo, é que todos os distritos se mobilizem de maneira organizada, aproveitem que o atual governo está buscando o fortalecimento associativo, como o apoio oferecido na criação das associações dos feirantes e ambulantes, e outras que já estão se organizando, e assim recomenda-se que se faça o mesmo em todas as comunidades, rurais, tradicionais e urbanas periféricas.

Comentários

  1. O fato é que soou como um ato sem fornecer informações a população. Isso desgasta a prefeitura. Segundo ponto, por que não manter a arquitetura original mas com moderna tecnologia de construção?
    A respeito de associações, sim, desde que não sejam criados ou aumentados os impostos para mantê-las.

    ResponderExcluir
  2. Rosal está de parabéns por esta grande e necessária melhoria para o distrito. A população agradece.

    ResponderExcluir

Postar um comentário