Vivemos uma realidade que nos leva a refletir sobre os
padrões preventivos nas residências e apartamentos, além de avaliar as
perspectivas de mudança do cenário da segurança pública em curto, médio e longo
prazo
No vídeo acima, temos a aprovação dos vereadores o requerimento de Fabrício Cadei e Moacir Almeida, solicitando ao governo do estado pelo retorno dos policiais militares da 2ª Cia da PMERJ que estão remanejados em outras cidades.
O ponto nevrálgico que deve ser o ponto de partida no
debate sobre segurança pública, é termos a consciência de que teremos que
buscar alternativas e soluções sem contar com o principal ator de todo conjunto
envolvendo o tema, o governo do Estado do Rio de Janeiro, por sua total falência
econômica e política.
Cabe tão somente a sociedade civil e organizada com o
poder público municipal protagonizarem as decisões sobre o norte que teremos
que seguir, sendo que por parte do atual governo municipal já temos em andamento
a criação da Guarda Civil Municipal, que cuidará da manutenção da ordem em
praças e logradouros públicos, além do ordenamento do trânsito.
O governo municipal ainda pode incrementar o aparato de
segurança local com a implantação de uma central de monitoramento, com câmeras
instaladas em diversos pontos da cidade, que tornará o trabalho de
patrulhamento ostensivo da polícia mais eficiente no tempo/resposta, além de
inibir diversas práticas criminosas ou delituosas.
As iniciativas relacionadas a segurança pública que estão
se desenvolvendo na prefeitura são ações que trarão resultados no mínimo a
médio prazo, com todo aparato estando funcionando entre 2018 e 2019, ficando a
expectativa da articulação política de vereadores e prefeito na tentativa de
repatriar os policiais e viaturas que pertencem a Bom Jesus do Itabapoana, e
que estão remanejadas para diversas cidades do estado.
Por outro lado, a característica de “cidade pacata” que
Bom Jesus do Itabapoana e Bom Jesus do Norte se enquadram faz com que uma ação
criminosa de assalto se torne mais atraente ao meliante devido a quase que
total falta de aparatos de segurança nas residências e estabelecimentos
comerciais de ambas as cidades.
Observem que os suspeitos da Hyllux preta que atuaram nos
dias 30 de abril em BJI e no dia 07 de maio em BJN, tiveram como alvo
preferencial em apartamentos e residências localizadas em segundo piso, no alto
e fora do alcance de se perceber qualquer movimentação suspeita na rua.
Dos seis alvos dos suspeitos no dia 30 de abril, cinco
foram invadidos, com uma tentativa frustrada na loja JNF, e dos cinco alvos
violados, tivemos quatro apartamentos e um estabelecimento comercial, com a
ação do dia 07 de maio tendo dois alvos em Bom Jesus do Norte, um apartamento e
uma casa.
A descrição do modus operandi dos criminosos, faz
entender que as portas arrombadas contavam somente com suas fechaduras
convencionais, chegando a detalhar que possivelmente fora utilizada uma “chave
micha”, que somente funciona em fechaduras convencionais, podendo as
residências estarem equipadas com fechaduras auxiliares e reforçadas, junto com
sistema de alarme que aciona a polícia com o já amplamente utilizado sistema de
monitoramento por câmeras.
Ainda pode-se sugerir a instalação de interfones com
câmeras de filmagem interligada ao porteiro eletrônico, sendo que o ideal para
prédios com muitos apartamentos seria a contratação de uma equipe de segurança
condominial, com porteiros e vigias dando plantão 24 horas, com os valores
inseridos nas taxas de condomínio, uma realidade das grandes cidades que se
vislumbra se adotar em nossa pequena cidade.
A cultura de cidade pacata que está enraizada nos
cidadãos de média idade, deve ser lamentavelmente reavaliada, todos devem se
conscientizarem que vivemos em um tempo que somos vulneráveis as ações
criminosas, que estão cada vez mais corriqueiros nas cidades do interior, como
Bom Jesus do Itabapoana.
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