Praça Anselmo Vicente Amil,
conhecida como “Praça dos Namorados”, é o novo ponto de concentração de jovens
a noite, e de muitas reclamações dos moradores vizinhos
Foto: Antônio Soares Borges/Facebook |
Sociedade tem recorrido as redes
sociais em busca de soluções por parte das autoridades desde quando se iniciou
esta cultura de concentração de jovens nas noites bom-jesuenses nas
proximidades da delegacia de polícia, passando depois a ocupar todo passeio da praça
da Bíblia.
Depois alguns desses jovens
passaram a frequentar, ou ainda estão frequentando, a estrada do Soledade, onde
também houveram protestos de moradores e proprietários rurais, e agora temos a
Praça dos Namorados como novo ponto das polêmicas e reclamações.
Inicialmente cabe-nos procurar
entender que fenômeno comportamental é este, qual o perfil desses jovens, e
finalmente buscarmos soluções que tanto atenda aos interesses dos moradores,
como dos jovens que em sua maioria absoluta somente estão em busca de diversão.
Importante a sociedade entender
que este tipo de problema social não é caso de polícia, é obrigação do
município manter a ordem pública, para tanto deveria "re-existir" primeiramente a
guarda civil municipal, que junto com uma fiscalização de posturas equipada e
trabalhando em plantão já teríamos as ferramentas institucionais para sanar
esta demanda.
Uma característica observada em
diversas fotografias de diversas publicações a respeito, é que os
frequentadores noturnos das praças não frequentam bares, eles compram as
bebidas em valor mais em conta durante o dia, compram em quantidade maior e em
forma de rateio entre os grupos para se encontrarem a noite.
Os vereadores contando com a
existência de uma fiscalização de posturas, e uma guarda municipal bem
estruturada, poderia aprovar um projeto de lei PROIBINDO o uso de garrafas de
bebidas alcoólicas em vias públicas sob diversas alegações, como por exemplo a
poluição do ambiente e o risco de brigas e as mesmas serem utilizadas como arma
branca.
Para coibir o uso abusivo de som
automotivo, teríamos que ter em prática uma fiscalização ambiental equipada com
medidor de decibéis, com uma legislação rigorosa para punir quem for flagrado
acima dos limites permitidos por lei.
Por outro lado...
Temos que entender que diversão é
solução sim, e a maioria absoluta desses jovens estão a procura de uma diversão
alternativa aos bares e estabelecimentos similares que estão a disposição da
noite bom-jesuense, e atualmente não há um meio de conciliar o perfil
consumidor desses jovens com a rotina noturna de Bom Jesus do Itabapoana.
Talvez seria o momento que se
pensar em promover eventos noturnos em locais adequados, como quadras
esportivas nos bairros, a qual seria permitido cada um, ou grupo de pessoas, levarem suas bebidas, em vez de terem um bar como única maneira de consumo.
Se o poder público promovesse eventos
musicais e culturais nos bairros, poderíamos encontrar um meio de promover
diversão aos jovens, e a reboque oferecer oportunidades para diversos artistas
locais, seja lá qual estilo for, salientando ainda que quase todos os bairros
contam com espaço adequado.
A nossa realidade é que o atual
poder público municipal não sinaliza com absolutamente nada de prático e todos esses problemas são de restrita responsabilidade do executivo municipal, a polícia tenta
coibir mas a limitação legal impede uma ação efetiva, além de desguarnecer a
cidade em outros pontos.
Somente resta aos contribuintes
ter senso crítico no momento de optar pelo futuro do município nos próximos
quatro anos, pois o atual governo não terá a menor condição de sequer pensar em o que fazer.
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