O criador e suas adoráveis criaturas

O "boom" do blues britânico
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Muitos tiveram contato com a música através da mania do skiffle na segunda parte da década de 1950, particularmente pelas canções de Leadbelly, interpretadas por artistas como Lonnie Donegan. Como o skiffle começou a perder popularidade no final dessa década e o rock and roll britânico começou a dominar as paradas, vários músicos foram do skiffle para o blues.[2] Entre esses estava o guitarrista e tocador de gaita Cyril Davies, que fez cuidou do London Skiffle Club (Clube de Skiffle de Londres), que tinha sede na casa pública Roundhouse em Londres, e o também guitarrista Alexis Korner. Ambos trabalharam para o líder de bandas de jazz Chris Barber, tocando no segmento R&B que ele introduziu para o espetáculo.  O clube servia como um ponto de encontro para os atos do skiffle britânico e Barber era responsável por trazer músicos americanos de folk e blues, os quais eram muitos melhor pagos e mais conhecidos na Europa do que em sua terra natal. O primeiro grande artista foi Big Bill Broonzy, que visitou a Inglaterra na metade da década de 1950, mas que mais do que o seu Chicago blues elétrico, tocava um folk blues ajustando-se às expectativas do blues americano como um forma de música folk. Em 1957, Davies e Korner decidiram que o seu interesse central era o blues e fecharam o clube de skiffle, reabrindo-o um mês depois como The London Blues and Barrelhouse Club (O Clube de Blues e Bar de Londres) Nesse momento, o blues britânico era tocado imitando o Delta blues e o country, fazendo parte da segunda onda emergente do folk britânico. 
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Criticado ao mudar esse estilo, Muddy Waters, que visitou o país em 1958, inicialmente chocou as audiências britânicas ao tocar um blues elétrico com amplificadores; porém, brevemente já estava tocando para multidões estáticas e em delírio. Davies e Korner, tendo já se separado de Barber, agora tocavam um blues elétrico amplificado que se tornou modelo para o sub-gênero; eles formaram a banda Blues Incorporated
A Blues Incorporated tornou-se algo como uma casa aberta para músicos de blues no final dos anos 50 e no início da próxima década. Muitos artistas fizeram parte da banda ou participaram de sessões, tais como Mick Jagger, Charlie Watts e Brian Jones (que depois seriam dos Rolling Stones), Jack Bruce e Ginger Baker (fundadores da Cream), Graham Bond e Long John Baldry. A casa rotineira de apresentações do grupo era o Marquee Club e daí que veio o nome para o primeiro álbum de blues britânico , R&B from the Marquee, lançado pela Decca. O modelo de blues elétrico serviu de base para várias bandas, como The Rolling Stones, The Animals e The Yardbirds. O auge desse primeiro movimento de blues veio com John Mayall, que se mudou paraLondres no início dos anos 1960 e depois formou os Bluesbreakers, cujos membros incluíram Jack Bruce, Aynsley Dunbar e Mick Taylor Particularmente significativo foi o álbum de 1966 Blues Breakers with Eric Clapton, considerado uma das gravações seminais do blues britânico. 
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O disco foi notável pela sua direção e ritmo e por um som distorcido vindo da guitarra Gibson Les Paul de Clapton e de um amplificador Marshall, os quais se tornaram algo como uma combinação clássica para os guitarrista de blues britânico (e depois também para os de rock). Ele também fez clara a supremacia da guitarra, vista como uma característica que distinguia o sub-gênero. Peter Green começou o que é chamada de "segunda grande época do blues britânico" Green substituiu Clapton nos Bluesbreakers; Clapton havia saído para formar o Cream. Em 1967, depois de uma gravação com os Bluesbreakers, Green, com Mick Fleetwood e John McVie, também da banda, formaram a Fleetwood Mac. Um fator chave no desenvolvimento da popularidade e da música pelo Reino Unido e pela Europa no começo da década de 1960 foi o sucesso das turnês do American Folk Blues Festival, organizadas pelos produtores alemães Horst Lippmann e Fritz Rau.

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