De móveis de papelão a casas feitas com
contêineres, não faltam opções para quem quer levar a sério a sustentabilidade
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Karine
Tavares (Email)
Publicado: 25/12/12 - 8h17 Atualizado: 25/12/12 - 8h20
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A casa do arquiteto Danilo Corbas, feita com antigos contêineres marítimos |
Da torneira do banheiro à estrutura da casa, a sustentabilidade é uma realidade cada dia mais presente, e acessível, na casa dos brasileiros. Ao longo de 2012, a coluna Jogando Verde, publicada quinzenalmente no Morar Bem, mostrou diversos exemplos disso. Selecionamos dez dessas ideias. Algumas podem ser praticadas desde já. Outras mostram alternativas de técnicas de construção que têm tudo para se tornar comuns num futuro próximo. Confira e copie!
1 Upcycling. Mais do que reciclar, a ideia do upcycling é
transformar objetos e peças antigas em outras novas com funções completamente
diferentes. Pallets e caixotes de feira que viram móveis são um exemplo.
Garrafas antigas pintadas e usadas como vasinhos para flores também. E o melhor
dessas peças é que você ainda pode encher a boca e dizer: “Fui eu que fiz!”.
2 Mobiliário de papelão. Cadeiras, revisteiros, bancos infantis,
mesas, estantes. Dá quase para montar a casa inteira com o mais simples dos
materiais: o papelão. Muitos deles assinados por designers renomados. E nem
precisa ter medo de rasgar o sofá de casa. Geralmente, o papelão utilizado é o
corrugado, que de tão resistente gera cadeiras que podem suportar até 200
quilos.
3# Compostagem. Separar vidros, pets, alumínio, plástico e
embalagens longa vida é um bom começo para ajudar a reduzir a produção diária
de lixo. Mas é possível fazer isso também com o lixo orgânico através da
compostagem. Restos de alimentos podem virar adubo para seu jardim. E não é
preciso ter grandes espaços para isso. Há empresas que vendem caixas próprias
para a compostagem em apartamentos. Ocupam pouco espaço, não geram odores e
fazem um bem danado à natureza.
4 Jardim de pet. A bolsaviva é um produto criado pela paisagista
Ane Barcellos e pela profissional de marketing Alessandra Salgado. O sistema,
para jardim vertical, externo ou interno, usa pequenas bolsas feitas com pet
reciclado, que podem ser instaladas nas paredes como quadros: para cada uma,
bastam dois furos na parede. Revestida por um tecido impermeabilizante por
dentro, a bolsa permite que as plantas sejam regadas normalmente.
5 Torneiras e válvulas inteligentes. Elas ainda são um pouco mais
caras. Mas o mercado já tem disponíveis vários modelos de válvulas para
descarga, torneiras e até chuveiros que ajudam a reduzir o consumo de água. O
gasto inicial pode até ser mais alto. Mas a economia na conta de água vai
compensar a conta e agradar o bolso por muito mais tempo.
6 Captação e reaproveitamento de água. Com uma cisterna e uma
pequena estação de tratamento, é possível captar a água da chuva e tratar as
águas dos banheiros para que sejam reutilizadas. As chamadas águas cinzas,
claro, não são potáveis, mas é possível usá-las na irrigação de jardins e para
lavagem de carros e ruas, por exemplo. E sua instalação é possível também em
casas antigas.
7 Hidrômetros individuais. Ainda no quesito economia de água, uma
boa opção pode ser a instalação de hidrômetros individuais, que permite a
medição do consumo de água por apartamento. Em novos empreendimentos, eles já
são relativamente comuns. Mas também é possível instalá-los em prédios antigos,
embora a obra seja um pouco mais trabalhosa.
8 Woodframe. Para quem vai construir a própria casa, uma
alternativa é o uso do woodframe, uma parede de madeira que já vem pronta e é
composta por camadas de chapa de gesso, madeira de reflorestamento, compensado
e lã de pet (que serve para fazer o isolamento termoacústico). Nas camadas
exteriores, uma película protetora de umidade e uma chapa cimentícia permitem
receber qualquer tipo de revestimento externo. Outra vantagem é que, como a
casa já é levada praticamente pronta para o terreno onde ficará, quase não há
geração de resíduos durante a construção. Desperdícios são reduzidos em até
85%, e emissões de gás carbônico, em 80%.
9 Contêineres. Outra alternativa na construção de casas é o uso de
contêineres de aço usados no transporte marítimo de mercadorias. Depois de
aposentados, eles podem ser usados para criar as estruturas das casas. E, como
podem ser empilhados, é possível fazer casas de tamanhos diversos (quase como
num lego gigante). Além de também reduzir a geração de resíduos, os contêineres
podem baratear os custos da construção em até 35%. E muitos arquitetos vêm
fazendo projetos arrojados que não deixam nada a dever a obras de alvenaria
tradicional.
10 Torre eólica para residências. Já há empresas no país que
fornecem pequenas torres eólicas, com dois ou três metros de altura, capazes de
suprir as necessidades de energia de famílias pequenas, ou de pelo menos,
reduzir o consumo da residência. O menor modelo, por exemplo, gera cerca de 700
Watts, consumo de uma família de três pessoas.
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