Pink Floyd foi uma banda de rock inglesa formada em Cambridge em 1965,
que atingiu sucesso internacional com sua música psicodélica eprogressiva.
Seu trabalho foi marcado pelo uso de letras filosóficas, experimentações
musicais, capas de álbuns inovadoras e shows elaborados. O Pink Floyd é um dos
grupos de rock mais influentes e comercialmente bem-sucedidos da história, tendo vendido mais de 200
milhões de álbuns ao redor do mundo A
banda foi induzida ao Hall da Fama do Rock and Roll em 1996.
A banda,
originalmente, consistiu dos estudantes Roger Waters, Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett.
Fundado em 1965, eles, inicialmente, tornaram-se populares tocando no cenário underground londrino, no fim dos anos 60.
Sob a liderança de Barrett, lançaram dois singles ("Arnold Layne"
e "See Emily Play") e um bem-sucedido álbum de estreia, The Piper at the Gates of Dawn, de
1967. O nome Pink Floyd é a abreviação de The Pink Floyd Sound, nome sugerido
por Barrett em homenagem a dois músicos de blues admirados por ele: Pink
Anderson e Floyd Council. O guitarrista
e vocalista David Gilmour juntou-se à banda em 1968, meses antes
da saida de Barrett do grupo, devido ao seu estado de deterioração mental,
agravado pelo uso de drogas. Na sequência da perda de seu
principal letrista, Roger Waters tornou-se o principal compositor e líder
conceitual do grupo, com Gilmour assumindo a guitarra solo e parte dos vocais. Com essa formação
o Pink Floyd atingiu o sucesso internacional com álbuns como The Dark Side of the Moon, Wish You Were Here, Animals e The Wall.
Wright deixou
o grupo em 1979, e Waters em 1985, mas Gilmour, Mason e, subsequentemente,
Wright, continuaram a gravar e se apresentar. Waters processou-os por questões
legais relacionadas ao uso do nome "Pink Floyd"; todavia, a disputa
foi resolvida com uma decisão que permitiu a Gilmour e Mason que continuassem a
usar o nome, ainda livrando Waters de quaisquer obrigações contratuais com a
banda. Dois álbuns foram lançados após esse conflito: A Momentary Lapse of Reason e The Division
Bell. Após quase duas. décadas de amargor entre seus membros, o
Pink Floyd se reuniu em 2005 para uma única apresentação, no concerto para a
caridade Live 8. Wright morreu em
2008. Os membros restantes — Waters, Gilmour e Mason — reuniram-se novamente,
para um show da The Wall Tour de Waters, em 12 de maio de 2011, na O2 Arena, em Londres;
Gilmour tocou "Comfortably Numb" com Waters e "Outside the
Wall" com Mason e Waters.
Em entrevista
concedida ao jornal italiano La Repubblica no dia 3 de
fevereiro de 2006, Gilmour indicava o
fim do Pink Floyd, declarando que o célebre grupo não produzirá qualquer novo
material, nem voltará a reunir-se novamente. No entanto a possibilidade de se
fazer uma apresentação similar ao Live 8 não foi descartada tanto por Gilmour ou Mason.
O Pink Floyd surgiu
de uma banda de rock formada em 1964 que teve vários
nomes - Sigma 6, The
Meggadeaths, Tea Set e The Abdabs, The Screaming
Abdabs, The
Architectural Abdabs. Quando a banda se separou, alguns membros---os
guitarristas Rado "Bob" Klose e Roger Waters, o baterista Nick Mason e o instrumentista de
sopro, Rick Wright---formaram
uma nova banda, chamada "Tea Set". Depois de um pequeno período com o
vocalista Chris Dennis, o guitarrista e vocalista Syd Barrett se juntou a banda, com
Waters mudando para o baixo. Quando os Tea Set
descobriram que outra banda tinha esse mesmo nome, Barrett deu a ideia de um
nome alternativo, Pink Floyd
Sound, em homenagem aos músicos de blues Pink Anderson e Floyd Council. Por um tempo a banda oscilou
entre os dois nomes, até se decidirem pelo segundo. O "Sound" foi
deixado de lado rapidamente, mas o "The" continuou sendo usado regularmente
até 1968. Os primeiros lançamentos no Reino Unido da banda, durante a era do
Syd Barrett, vinham creditados como The Pink Floyd, assim como em seus dois
primeiros singles nos Estados Unidos.
Sabe-se que David Gilmour tenha se referido ao grupo como The Pink Floyd até1984
Klose - que era bastante influenciado
pelo jazz, saiu depois de ter gravado somente
uma demo, deixando uma formação diferente com Barrett na guitarrae vocais
principais, Waters no
baixo e vocais de apoio, Mason na bateria e percussão, e Wright revezando
nos teclados e vocais de apoio. Barrett logo começou a
escrever suas próprias composições, influenciado pelo rock psicodélico norte-americano e britânico (também
pelo surf music), com extravagância e
humor. O Pink Floyd se tornou favorito no movimento underground, tocando em
casas como UFO Club, the Marquee Club e The
Roundhouse. No fim de 1966, a banda foi
convidada para contribuir com canções no documentário "Tonite Let's All Make Love in London",
de Peter Whitehead.
Eles foram filmados tocando duas faixas, ("Interstellar
Overdrive" e "Nick's Boogie") em janeiro de 1967.
Apesar de que quase nenhuma dessas canções tenham participado do filme, elas
acabaram sendo lançadas como "London
1966/1967" em 2005.
Como a popularidade
da banda ia crescendo, os membros formaram a Blackhill Enterprises em outubro de 1966,
uma sociedade a seis, com seus agentes Peter
Jenner e Andrew King, lançando os singles, "Arnold Layne", em março de 1967 e, "See Emily Play". em junho de
1967. "Arnold Layne"alcançou
o número 20 das paradas britânicas, e "See Emily Play" alcançou número 6, o que
garantiu à banda a primeira participação em cadeia nacional no programa de TV Top of the Pops em julho de 1967.
Anteriormente, eles haviam aparecido tocando "Interstellar Overdrive"
no UFO Club, em um curto documentário, "It's So Far Out It's Straight Down". Isso foi ao ar
em Março de 1967, mas apenas transmitido à região de Granada do Reino Unido.
Lançado em Agosto
de 1967, o primeiro álbum da banda, The Piper
at the Gates of Dawn, é atualmente considerado um ótimo
exemplo da música psicodélica britânica, e foi bem recebido pelo críticos da época.
Atualmente, é visto como o melhor primeiro álbum por muitos críticos. As
faixas, predominantemente escritas por Barrett, mostram letras poéticas e uma
mistura eclética de música, desde a faixa de vanguarda com livre-forma, "Interstellar
Overdrive", até canções "assobiavéis" como "The
Scarecrow", inspirada nas Fenlands, uma região rural ao norte de Cambridge (cidade de Barrett, Waters e Gilmour). As letras eram inteiramente
surreais, às vezes fazendo referência ao folclore, como em "The Gnome".
A canção refletia novas tecnologias de eletrônicos, com o uso constante de
espaçamento no estéreo, edição de
fita, efeitos de eco, e teclados. O álbum foi
um hit no Reino Unido, onde
alcançou a 6ª posição das paradas, mas não foi muito bem na América do Norte,
alcançando a posição número 31 nas paradas dos Estados Unidos. Durante esse período, a
banda excursionou com Jimi Hendrix, o
que ajudou a aumentar sua popularidade. Um fato notável sobre o disco é que ele
foi gravado simultaneamente ao aclamado Sgt.
Peppers Lonely Hearts Club Band dos Beatles, no estúdio da Abbey Road, e os
integrantes das bandas frequentemente se encontravam no corredor e conversavam
sobre influencias musicais. Ambos álbuns são hoje citados como o início do rock
progressivo
Declínio de Barrett
Enquanto a banda se
tornava mais popular, o stress da vida na estrada e o consumo relevante de
drogas de Syd Barrett deteriorou sua saúde mental. O comportamento de Barrett
foi se tornando cada vez mais imprevisível e estranho, fato atribuído ao
constante uso de LSD. Conta-se que às vezes ele ficava
encarando algum ponto, enquanto a banda tocava; durante algumas apresentações,
ele somente tocaria um acorde o concerto inteiro, ou aleatoriamente
desafinava sua guitarra. Chegou um momento
em que os outros membros da banda decidiram por simplesmente não levar mais Syd
para os shows. Chamaram então o guitarrista David Gilmour, já conhecido de Barrett e
Waters, e quem ensinou Syd a tocar guitarra, que se juntou à banda para ajudar
Barrett com suas tarefas, apesar de Jeff Beck ter sido considerado.
Inicialmente, esperava-se que Barrett fizesse composições enquanto Gilmour
tocaria nos shows. Mas composições como "Have You Got It Yet",
com progressões de acordes e melodias diferentes a cada take, fez com que o
resto da banda desistisse dessa ideia. O último show da banda com Barrett foi
em 20 de janeiro de 1968,
em Hastings Pier, mas a saída de Barrett só foi formalizada em abril de 1968.
Os produtores Jenner e King, decidiram continuar com Syd, o que pos fim à
sociedade Blackhill Enterprises e fez a banda escolher Steve
O'Rourke como empresário, que permaneceu com eles até sua morte
em 2003.
Depois de gravar
dois álbuns solo (The Madcap Laughs e Barrett) em 1970 (co-produzido por,
e as vezes com participações de Gilmour, Waters e Wright) com sucesso razoável,
Barrett então foi para reclusão, ideia muitas vezes rebatida por sua família,
que disse não ter sido exatamente assim. Novamente chamado pelo nome oficial,
Roger Keith "Syd" Barrett, viveu uma vida pacata em sua cidade natal,
Cambridge, até sua morte em 7 de Julho de 2006.
Procurando novos caminhos: 1968-1970
Esse foi um período
de experimentações musicais da banda. Cada um dos integrantes do Pink Floyd -
Gilmour, Waters e Wright - contribuía com canções que tinham sua própria
sonoridade e voz, o que resultava num material menos consistente e coeso que o
da era Barrett, quando o som era mais trabalhado. Se anteriormente Barrett era
a voz e o compositor principal, agora Gilmour, Waters e Wright dividem
composições de letras e vozes principais. Geralmente, Waters escrevia canções
mais lentas, com melodias de Jazz, linhas de baixos complexas e dominantes, e
letras simbólicas; Gilmour focava-se em jams de blues levadas pela guitarra; e
Wright preferia melodias pesadas psicodélicas de teclado. Diferente de Waters,
Gilmour e Wright preferiam faixas que tinham letras simples ou que fossem
puramente instrumentais. Alguns números músicais mais experimentais da banda
são desse período, como "A Sauceful of
Secrets", contendo bastante barulhos, feedback (realimentação),
percussões, osciladores, loops; e "Careful with That Axe, Eugene"
(que foi chamada por vários outros nomes também), uma faixa levada por Waters,
com baixo e um pesado improviso de teclado, culminando em uma bateria forte, e
gritos de Waters.
Enquanto Barrett
escreveu praticamente todo o primeiro álbum, nesse álbum ele participa das
composições com "Jugband
Blues". Barrett também tocou nas faixas "Remember A Day" (gravada
durante as sessões do The Piper)
e "Set The
Controls For The Heart Of The Sun" (a única faixa
que apresenta Barrett e Gilmour dividindo as guitarras). "A Saucerful of Secrets" foi
lançado em junho de 1968, alcançando número 9 das paradas do Reino Unido e se
tornando o único álbum do Pink Floyd que não apareceu nas paradas dos Estados
Unidos. De algum jeito, apesar da saída de Barrett, o álbum ainda contém
bastante da sonoridade psicodélica combinada com mais música experimental que
seria amplamente mostrada em Ummagumma.
A faixa principal, A Saucerful of Secrets, com doze minutos de duração, chegou
ao estilo épico de duração que composições futuras chegariam. Se o álbum foi
mal recebido pelos críticos da época, muitos críticos de hoje tendem a ser mais
leves nas críticas dentro do contexto da carreira do Pink Floyd.
Os Pink Floyd foram
recrutados pelo diretor Barbet
Schroeder para produzir uma trilha sonora para um filme seu, "More", que estreou em maio
de 1969.
A obra foi lançada como um álbum do Floyd em seu próprio direito, Music From the Film More (também
chamado simplesmente como "More"),
alcançando o nono lugar das paradas do Reino Unido e chegando ao 153º lugar das
paradas dos Estados Unidos em 1969. Críticos tendem a achar o conjunto da
música para o filme como remendada e desigual. A banda usaria isso e sessões de
trilha sonoras futuras para produzir trabalhos que não se encaixavam na ideia
do que deveria aparecer em um álbum do Pink Floyd; a maioria das faixas do "More" foram canções folk, acústicas. Duas dessas canções,
"Green Is the Colour" e "Cymbaline",
se tornaram comuns em repertórios da banda por um tempo e também parte do suite
"The Man & The Journey", como pode
ser ouvido em muitas gravações de bootlegs desse
período. "Cymbaline" também foi a primeira canção do Pink Floyd a
lidar com a atitude cínica de Waters contra a indústria fonográfica
explicitamente. O resto do álbum consiste em canções incidentais de vanguarda
da trilha (algumas dessas também fizeram parte do concerto The Man/The Journey)
e algumas faixas de rock mais pesadas jogadas no meio, como "The Nile Song".
O próximo álbum, o
quadruplo Ummagumma,
foi uma mistura de gravações ao vivo e experimentações de estúdio dos membros, em
que cada um gravou metade do lado do vinil como um projeto solo (a noiva de
Mason da época faz uma contribuição não-creditada como flautista). Apesar do
álbum ter as gravações solo e ao vivo, era esperado originalmente que fosse uma
mistura de vanguarda, de sons de instrumentos "achados". As
conseqüentes dificuldades de gravação e falta de organização em grupo levou ao
fechamento desse projeto. O título é uma gíria sexual de Cambridge e reflete a
atitude da banda naquela época. A banda foi amplamente experimental no
álbum de estúdio, que contém a composição puramente folk de Waters "Grantchester Meadows", uma peça de
piano dissonante, "Sysyphus", uma composição com uma textura mais progressiva, "The Narrow
Way", e um grande solo de percussão, "The Grand Vizier's Garden Party". "Several
Species of Small Furry Animals Gathered Together in a Cave and Grooving with a
Pict" é uma canção de 5 minutos, composta
inteiramente pela voz de Roger Waters tocada em diferentes velocidades,
resultando em barulhos que lembram roedores e pássaros. Grande parte do álbum
de estúdio já era tocado ao vivo no concerto conceitual "The Man & The Journey". O
álbum ao vivo apresenta aclamadas performances de algumas das mais populares
canções da era psicodélica deles, fazendo com que o álbum fosse mais bem
recebido pelos críticos do que os dois álbuns anteriores. A obra foi o trabalho
mais popular até essa época, alcançando 5º posição no Reino Unido e 74º lugar
nos Estados Unidos.
Atom Heart Mother, de 1970, foi a primeira
gravação da banda com uma orquestra, com colaboração do compositor de vanguarda Ron Geesin.
Um lado do álbum consistia na faixa-título de quase 24 minutos de duração, uma
longa suite de orquestração de
rock. O segundo lado apresentava uma canção de cada membro da banda, até então
vocalistas ("If", a canção folk-rock de Roger Waters; a
levada de blues "Fat Old Sun" de
David Gilmour; e a nostálgica "Summer '68",
de Rick Wright). Outra faixa longa, a "Alan's Psychedelic Breakfast" foi
uma colagem de som, de um homem cozinhando e comendo um café-da-manhã e seus
pensamentos, ligados com instrumentais. O uso de barulhos, efeitos sonoros
incidentais e samplers de voz seria, no futuro, uma parte importante do som da
banda. "Atom Heart Mother" possui
uma das mais enigmáticas capas de álbuns até hoje, estampando a
"Lullubelle III", foto retirada no interior inglês. Este foi também o
primeiro álbum da banda com grande propaganda. Apesar de "Atom Heart Mother" ter
sido considerado um grande passo para trás pela banda na época, é até hoje
considerado pelos fãs como um dos mais inacessíveis álbuns. Ele teve a melhor
performance da banda nas paradas até então, alcançando o 1º lugar no Reino
Unido e o 55º, nos Estados Unidos. Tem sido descrito tanto como "um monte
de besteira" por Gilmour, quanto "jogue-o na gaveta e nunca mais o
ouça" por Waters. O álbum foi um componente desta fase transitória do
grupo, explorando diferentes territórios musicais. A popularidade do álbum permitiu
que o Pink Floyd embarcasse em sua primeira turnê completa pelos Estados
Unidos.
Antes do lançamento
do seu próximo álbum original, a banda lançou uma coletânea chamada "Relics",
que continha vários singles do começo da carreira e B-sides, além de uma canção
original (estilo Jazz por Waters, "Biding My Time",
parte do concerto "The
Man/The Journey", gravada durante as sessões do 'Ummagumma).
Eles também contribuíram para a trilha sonora do filme"Zabriskie Point", apesar de muitas
contribuições deles terem sido descartadas pelo diretor Michelangelo Antonioni.
Era do Estouro 1971-1975
Durante esse
período, o Pink Floyd se distanciou da cena psicodélica e se tornou uma banda
distinta, até dificil de se classificar. Os estilos divergentes dos principais
compositores - Gilmour, Waters e Wright - se amalgamaram em uma sonoridade
única. Essa era contém o que muitos consideram serem dois álbuns obras-primas da
carreira da banda, The Dark Side of the Moon e Wish You Were Here. O som se tornou mais
trabalhado e com colaboração de todos, incluindo letras filosóficas e linhas de
baixos mais aparentes de Waters, estilo único de guitarra de blues de Gilmour e
assustadoras melodias de teclados e texturas harmônicas de Wright. Gilmour foi
o vocalista dominante desse período, e contribuições de corais femininos e o
saxofone de Dick Parry se tornaram parte do estilo da banda.
O som destonal e
duro do começo da carreira da banda abriu caminho para um som bastante suave e
calmo, que chegou ao máximo com "Echoes".
Esse período marcou o fim da era verdadeiramente colaborativa da banda; depois
de 1973, a influência de Waters se tornou cada vez mais dominante musicalmente
e nas letras. A última composição creditada por Wright e última participação
como vocal principal num álbum de estúdio até Division Bell, de 1994, é desse período
("Shine On You Crazy Diamond" e "Time",
respectivamente). Os créditos de letra de Gilmour também diminuiram
gradualmente em frequência até a saída de Waters da banda em 1985, embora ele
tenha continuado a fazer a voz principal e escrever canções durante o período.
Os últimos laços com Barrett estão presentes em Wish You Were Here, cuja canção
principal, "Shine On You Crazy Diamond", foi
escrita como tributo e elogio a Barrett.
A sonoridade da
banda foi consideradamente mais focalizada em Meddle (1971),
com a canção épica de 23 minutos, "Echoes",
tomando todo o lado B do álbum. "Echoes" é
uma leve canção derock progressivo com longos solos de
guitarra e teclado, e uma longa seção intermediária consistindo praticamente só
de música sintetizada produzida por guitarras, órgãos e sintetizadores, complementada por
um pedal wah wah de guitarra ao contrário. Conseguiu-se, dessa forma, algo que
soava como samplers de albatrozes, descrito por Waters como um "poema
sônico". Meddlefoi
considerado por Nick Mason como "o primeiro álbum real do Pink Floyd.
Ele
introduziu a ideia de um tema a que o álbum pode ser voltado." O álbum
teve som e estilo bem sucedidos na época em que foi lançado, mas não teve a
presença da orquestra que foi notável em Atom Heart Mother. Meddle também
inclui a atmosférica "One of These
Days", uma canção muito utilizada em concertos, apresentando
uma única linha de voz de Nick Mason ("One of these days, I'm going to cut
you into little pieces"), slide guitar distorcida
e com estilo de blues, e uma melodia que, em certo ponto, se esvai em um pulso
sintético, citando o tema de um clássico programa de TV, Doctor Who. O
sentimento melancólico dos próximos três álbuns está bastante presente em
"Fearless".
Essa faixa mostra influência de folk e contém uma substancial slide guitar em
"A Pillow of Winds", uma das únicas canções
acústicas do Floyd que lidam com amor. O papel de Waters como escritor começa a
tomar forma com sua "San Tropez" em estilo de jazz, que ele
trouxe praticamente completa para a banda. Meddle foi recebido entusiasticamente por críticos e fãs e
alcançou 3º lugar no Reino Unido. Nos Estados Unidos não passou do 70º lugar.
De acordo com Nick Mason, isso foi em parte porque a Capitol Records não
promoveu o álbum com publicidade suficiente. Hoje, Meddle resiste como um dos mais aclamados trabalhos da
banda.
Obscured By Clouds foi
lançado em 1972 como trilha sonora para o filme La Valle, outro filme
independente de Barbet Schroeder. Foi um dos álbuns da banda a chegar ao Top 50
nos Estados Unidos (onde alcançou 4º lugar) e chegou ao 1º lugar no Reino
Unido. Embora Mason tenha descrito o álbum anos depois como
"sensacional", ele foi pouco aclamado pelos críticos. As letras de
"Free Four",
a primeira canção do Pink Floyd a tocar razoavelmente nas rádios dos Estados
Unidos, introduziram os pensamentos da morte do pai de Waters na Segunda Guerra Mundial, o que se repetiria
nos álbuns seguintes. Outras duas canções do álbum, "Wot's... Uh The Deal" e "Childhood's
End", também lidaram com temas que voltaram a ser usados em
álbuns futuros (solidão e desespero), que se tornariam mais comuns na era
liderada por Roger Waters; e temas que também seriam trabalhados bastante no
próximo álbum, como fixação na vida, morte, e a passagem do tempo.
"Childhood's End", inspirada no livro do Arthur C. Clarke de mesmo
nome, foi a última contribuição de letra de Gilmour por 15 anos. O álbum foi,
de modo geral, diferente em estilo deMeddle,
e as vezes até considerado como folk-rock, blues-rock e levada de piano
soft-rock:"Burning Bridges", "The Gold It's in the..." and "Stay" sãoos melhores
exemplos de cada estilo.
O lançamento com
sucesso em massa de 1973, The Dark Side of the Moon, foi o
ápice de popularidade da banda. O Pink Floyd havia parado de lançar singles
depois de "Point Me at the Sky"
em 1968, e nunca havia sido uma banda levada pelos singles hits, mas Dark Side of the Moon teve um
single no Top 20 dos Estados Unidos com "Money.
O álbum foi o
primeiro a chegar ao 1º lugar das paradas dos Estados Unidos, e até dezembro de
2006 havia acumulado 15 milhões de unidades vendidas no mercado americano,
tornando-se um dos álbuns com melhor desempenho comercial da história dos
Estados Unidos. No mundo todo, Dark Side superou 40 milhões de cópias vendidas.
O álbum ficou no Top 200 da Billboard por 1094 semanas (incluindo 591 semanas
consecutivas, de 1976 até 1988), um feito sem precedentes que estabeleceu um
record mundial. Ele também permaneceu 1301 semanas nas paradas do Reino Unido
e, apesar de não ter passado da 2ª posição lá, foi extremamente bem recebido
pelos críticos.Osaxofone forma
uma parte importante do som do álbum, expondo a influência de Jazz da banda
(especialmente a de Rick Wright) ecantoras de
apoio, fazem uma parte principal em ajudar a diversificar a textura
do álbum. Por exemplo, canções como "Money" e "Time" são colocadas
em ambos sons melancólicos de slide guitar (remanescente
do Meddle) em "Breathe
(Reprise)", e levada, pelo canto feminino "The Great Gig in the Sky" (com Clare
Torry nos vocais principais), enquanto a minimalista em instrumentos "On the Run"
é tocada praticamente inteira em um único sintetizador. Efeitos sonoros
incidentais e partes de entrevistas são apresentadas ao longo das canções, a
maioria delas, gravadas em estúdio.
As entrevistas de Waters começavam com
perguntas como "Qual é sua cor favorita?" uma tentativa em deixar as
pessoas mais confortáveis. Então ele perguntava "Quando foi a última vez
que você foi violento? E você estava certo?" Outras perguntas também eram,
"Você tem medo de morrer ?" As letras do álbum e tentativa de
som em descrever as diferentes pressões que a vida no dia-a-dia atua no ser
humano. Esse conceito (concebido por Waters em uma reunião da banda por perto
da mesa da cozinha do Mason) provou ser poderoso com a banda, e juntos eles fizeram
uma lista de temas, vários, os quais seriam re-utilizados em álbuns seguintes,
como o uso de violência e a futilidade da guerra em "Us and Them",
e temas como insanidade e neurose discutido em "Brain Damage".
As complicadas e precisas formas de engenheiro no som do álbum, com Alan Parsons,
ditaram novos parâmetros para fidelidade de som; o que virou um aspecto
reconhecível da banda, e foi um forte forma no que diz a longa permanência nas
paradas do álbum, enquanto audiófilos constantemente trocam suas cópias
desgastadas.
Procurando
capitalizar a sua recém chegada fama, a banda também lançou uma coletânea
chamada A Nice Pair,
o que foi uma junção dos dois primeiros álbuns, The Piper at the Gates of Dawne A Saucerful of Secrets. E também foi durante esse período que o
diretor Adrian Maben lançou o
primeiro filme concerto do Pink Floyd, o Live at
Pompeii. O corte original para os cinemas, apresentava a banda
tocando em 1971 num anfiteatro em Pompeia com
nenhum plateia presente, exceto pela equipe de filmagem e equipe da banda.
Maben também gravou entrevistas e os bastidores da banda durante as sessões de
gravações do Dark Side of the
Moon nos estúdios Abbey Road;
apesar da cronologia dos eventos indicar que as sessões de gravação podem ter
acontecido depois da gravação, eles promoveram uma olhada no processo envolvido
na produção do álbum. Essas filmagens foram incorporadas em futuros lançamentos
de Live at Pompeii.
Depois do sucesso
do Dark Side, a banda não estava certa sobre sua direção futura e estava
preocupada em como conseguiriam superar a enorme popularidade daquele álbum. Em
retorno ao experimentalismo, eles começaram a trabalhar em um projeto chamado Household Objects,
que consistia em canções tocadas literalmente em objetos caseiros. No entanto o
planejamento do álbum foi logo deixado de lado, depois que a banda decidiu que
seria mais fácil e melhor tocar canções em instrumentos de verdade. Nenhuma
gravação terminada dessas sessões existe, mas alguns efeitos gravados foram
usados no próximo álbum.
Wish You Were Here, lançado
em 1975, carrega um tema abstrato de abstência de qualquer humanidade dentro da
indústria fonográfica e, mais importante, a abstência de Syd Barrett.
Bem conhecido por sua faixa-título, o álbum inclui o grande instrumental de
nove partes "Shine On You Crazy Diamond", um
tributo para Barrett em que as letras lidam explicitamente com seu declínio. A
maioria das influências musicais do passado da banda foram juntas - teclados
atmosféricos, peças de guitarras de blues, solos de saxofone (por Dick Parry),
fusão de Jazz com agressiva slide guitar - nas várias partes ligadas da suite,
culminando numa marcha fúnebre, tocada por sintetizador, e terminando com uma
citação musical do antigo single "See Emily
Play" como final demonstração da liderança inicial de Barrett
na banda. As demais faixas, "Welcome to the Machine" e "Have a Cigar",
criticam duramente a indústria fonográfica e essa última foi cantada por cantor
folk Roy Harper.
Essa foi o terceiro álbum do Pink Floyd a chegar ao 1º lugar das paradas do
Reino Unido e dos Estados Unidos, e os críticos o aclamam tão entusiasticamente
quanto Dark Side of the Moon.
Em uma história
conhecida, um homem obeso, com cabeça e sobrancelhas inteiramente
raspadas, andou pelo estúdio enquanto a banda mixava "Shine On You Crazy Diamond". A banda
não o reconheceu por um tempo, quando de repente um deles percebeu que ele era
Syd Barrett. Quando perguntado como ele chegou àquele peso, ele respondeu
"Eu tenho uma frigideira grande na cozinha e eu estive comendo bastante
carne de porco". Em uma entrevista em 2001 no documentário da BBC
"Syd Barrett: Crazy Diamond" (lançado posteriormente em DVD como
"The Pink Floyd Story and Syd Barrett Story"), a história é contada
por inteira. Rick Wright disse sobre a sessão, dizendo "Uma coisa que fica
na minha mente, que eu nunca esquecerei; eu estava indo para as sessões de Shine
On. Eu fui ao estúdio e eu vi esse cara sentado no fundo do estúdio, ele estava
distante, do mesmo jeito que eu de você. E eu não o reconheci. Eu disse -quem é
aquele cara atrás de você?- -"Aquele é o Syd". Eu não acreditei… ele
havia raspado todo seu cabelo… digo, suas sobrancelhas,
tudo… ele estava pulando para cima e para baixo escovando seu dente, aquilo foi
horrível. E ah, eu estava, quer dizer, Roger estava em prantos, eu acho que ele
estava; nós estávamos em prantos. Aquilo foi realmente chocante… sete anos sem
contato algum e de repente ele aparece enquanto estávamos fazendo aquela faixa.
Eu não sei - coincidência, carma, destino, quem sabe? Mas aquilo foi, muito,
muito poderoso". No mesmo documentário, Nick Mason disse: "Quando eu
penso sobre isso, eu ainda posso ver seus olhos, mas… foi o resto que estava
diferente". Na mesma entrevista Roger Waters disse: "Eu não tive
ideia de quem ele foi por um bom tempo". David Gilmour contou:
"Nenhum de nós reconheceu ele. Raspado… raspado careca e bem gordo". Na
versão definitiva de 2006 do documentário, as entrevistas com os ex-parceiros
de banda de Barrett estão inclusas sem edição, com bem mais detalhes dos
sentimentos e ações deles, durante o trágico esgotamento e a saída de Barrett
da banda.
Era Roger Waters 1976-1985
Durante essa era,
Waters tomou cada vez mais e mais controle do trabalho do Pink Floyd. Waters
demitiu Wright depois que o The
Wall foi terminado, argumentando que Wright não estava contribuindo
muito, em parte por causa do vicio de cocaína. Waters declarou que Gilmour e
Mason apoiaram a decisão para demiti-lo, mas em 2000 Gilmour declarou que ele e
Mason foram contra a demissão. Nick Mason disse que Wright foi demitido por
causa da Columbia Records que ofereceu a Waters um substancial bônus, para
finalizar o álbum a tempo para um lançamento em 1979. Desde que Wright recusou
voltar mais cedo de suas férias de verão, Waters queria demití-lo. Wright foi
demitido da banda, mas continuou para terminar o álbum e tocar na turnê como um
músico pago.
A maioria da música
desse período é considerada secundária em relação às letras, nas quais Waters
explora os sentimentos sobre a morte de seu pai na Segunda Guerra Mundial e sua
crescente atitude de cinismo contra figuras políticas como Margaret
Thatcher e Mary Whitehouse. A música
cresceu mais orientada pela guitarra com teclados e saxofones, que se tornaram
uma grande parte da textura do contexto da música, junto com efeitos sonoros
obrigatórios. Uma orquestra completa (ainda maior do que a de metais em Atom Heart Mother) faz um papel
significante em The Wall e
especialmente em The Final Cut.
Por volta de janeiro de 1977, e pelo lançamento do Animals (chegando
ao 1º lugar no Reino Unido e 1º nos Estados Unidos), a música da banda veio sob
uma crescente crítica da atmosfera do punk rock, dizendo que eles eram muito
pretensiosos, e perderam o caminho da simplicidade que era o rock and roll
Animals, no entanto, foi considerado mais orientado pela
guitarra do que os álbuns anteriores, tanto pela influência do movimento punk rock quanto
pelo fato de que o álbum foi gravado pelo novo (e por algum acaso, incompleto)
estúdio Britannia Row. O álbum foi o primeiro a não ter uma composição feita
por Wright. Animals, de
novo, contém canções longas, ligadas por um tema, desta vez, tirado em parte do
livro Animal Farm (O Triunfo dos Porcos em Portugal e A Revolução dos Bichos no Brasil) de George Orwell,
em que usou "Pigs" (Porcos), "Sheep" (Ovelhas) e
"Dogs"
(Cachorros) como metáforas dos membros da sociedade contemporânea.
Apesar da
relevante guitarra, sintetizadores ainda fazem uma importante parte em Animals, mas é carente do trabalho de
saxofone e vocais femininos, utilizados nos últimos dois anteriores álbuns. O
resultado no geral é um trabalho mais hard-rock, ligados por duas partes de uma
peça acústica. Muitos críticos não receberam muito bem o álbum, considerando-o
tedioso e vazado; apesar de outros críticos falarem bem dele, praticamente por
causa dessas razões. Para a capa do encarte, um porco inflável gigante foi
considerado para voar entre as torres da Estação de Energia Battersea (Battersea Power Station). No entanto
o vento fez com o que fosse difícil de controlar o balão de porco, e no final
foi necessário inserir a foto do porco na imagem. O porco foi criado pelo
designer industrial e artista Theo Botschuijver. O porco no entanto se tornou
um dos mais memoráveis símbolos do Pink Floyd e porcos infláveis são utilizados
em concertos do Pink Floyd desde então.
A ópera rock de
1979, The Wall,
concebida por Waters, lida com temas como solidão e falha de comunicação, que
foram expressos pela metáfora de um muro construído entre um artista de rock e
sua audiência. O momento decisivo para o concebimento do The Wall foi durante um concerto
em Montreal no Canadá,
no qual Roger Waters cuspiu num membro da plateia enquanto este tentava subir
para o palco - esse foi o ponto onde Waters sentiu a alienação entre a plateia
e a banda. O álbum deu críticas renomadas ao Pink Floyd e teve um único single,
"Another Brick in the Wall (Part 2)",
que alcançou o topo das paradas. The
Wall também contém faixas que seriam comuns em concertos
posteriormente, como "Comfortably
Numb" e "Run Like Hell",
que são duas das mais conhecidas canções do grupo.
O álbum foi
co-produzido por Bob Ezrin, um amigo de Waters que divide com
ele os créditos em "The Trial". Ainda mais do que as sessões do Animals, Waters estava certo sobre
sua influência artística e liderança sobre a banda, usando a boa situação
financeira da banda a seu favor, o que trouxe conflito com os outros
integrantes. A música se tornou distintivamente mais hard rock, apesar de
grandes orquestrações em algumas faixas lembram um período passado e têm-se
algumas composições mais calmas também, como "Goodbye Blue Sky",
"Nobody Home",
e "Vera". A influência de Wright foi completamente minimizada e ele
foi demitido da banda durante as gravações, somente retornando com um salário
fixo, para tocar nos concertos. Ironicamente, Wright foi o único membro do Pink
Floyd que ganhou algum dinheiro dos shows da turnê do The Wall, os quais passaram por
várias cidades - incluindo Dortmund, Londres, Los Angeles, Nova Iorque -
durante várias noites, e o resto teve que bancar o custo alto dos mais
espetaculares concertos até então. Em 1989, depois do Muro de Berlin cair
na Alemanha,
Roger Waters concordou em tocar o The
Wall ao vivo onde ficava originalmente o muro.
The Wall ficou 15 semanas no topo das paradas dos
Estados Unidos em 1980. Críticos o receberam bem, e ele chegou aos 23 álbuns de
platina pela RIAA pelas vendas de 11,5 milhões de cópias do álbum duplo somente
nos Estados Unidos. O enorme sucesso comercial do The Wall fez do Pink Floyd os únicos artistas desde os Beatles a
terem os álbuns mais vendidos de dois anos (1973 e 1980) em menos de uma
década.
Um filme intitulado Pink Floyd: The Wall foi lançado
em 1982, incorporando praticamente toda a música do álbum. O filme, escrito por
Waters e dirigido por Alan Parker, estrelou o fundador do Boomtown
Rats, Bob Geldof,
o qual regravou a maioria dos vocais, e ainda apresenta animação pelo notável
artista e cartunista britânico, Gerald Scarfe.
Leonard Maltin, um crítico de cinema, se refere ao filme como "o maior
video de rock do mundo, e certamente o mais depressivo", mas o filme
arrecadou mais de quatorze milhões nas bilheterias norte-americanas. Uma canção
que apareceu no filme "When the Tigers Broke Free", foi
lançada como single. A canção foi lançada depois na coletânea Echoes: The Best of Pink Floyd e
no re-relançamento do The Final
Cut. Também no filme, há a canção "What Shall We Do Now?",
que foi cortada do álbum original devido a duração do vinil. As únicas canções
do álbum que não foram usadas foram "Hey You"
e "The Show Must Go On".
O álbum The Final Cut de
1983 foi dedicado ao pai de Waters, Eric Fletcher Waters. Ainda mais sombrio em
sonoridade que o The Wall,
esse álbum re-examinou vários temas anteriormente discutidos, mas se dirigindo
a fatos da época, incluindo a raiva de Waters da participação da Inglaterra na Guerra das Malvinas, a culpa que ele colocou
nos líderes políticos ("The Fletcher Memorial Home").
E conclui com uma visão cínica de uma possível guerra nuclear ("Two Suns in the Sunset"). Michael Kamen e
Andy Bown contribuíram com trabalho de piano, por causa da saída de Richard
Wright (que não foi formalmente anunciada antes do lançamento do álbum). Em The Final Cut foi empregado o
método de gravação binaural.
Apesar de
tecnicamente ser um álbum do Pink Floyd, o nome da banda não aparece escrito no
encarte do LP, somente atrás aparece: "The Final Cut - Um réquiem para o sonho do pós-guerra por Roger
Waters, tocado pelo Pink Floyd: Roger Waters, David GIlmour e Nick Mason".
Roger Waters recebeu os créditos totais para o álbum, o que se tornou um
protótipo do som que ele faria em próximos álbuns em sua carrreira solo. Waters
disse que ele sugeriu lançar o álbum como um álbum solo, mas o resto da banda
rejeitou a ideia. No entanto, no seu livro Inside Out, Nick Mason diz que isso nunca aconteceu. Gilmour
declarou que pediu a Waters para segurar o lançamento do álbum, para que então
pudesse escrever material suficiente para contribuir, mas esse pedido foi
negado.
O tom da canção é bastante similar ao do The Wall mas também mais quieto e suave, lembrando canções
como "Nobody Home" mais do que "Another Brick in the Wall (Part 2)",
por exemplo. Ele também é mais repetitivo, com certos temas que aparecem
repetidamente pelo álbum. Teve somente sucesso moderado com os fãs (atingindo
1º lugar no Reino Unido e nos Estados Unidos), mas recebeu otimos alogios do
críticos. O álbum teve um pequeno hit, "Not Now John", a
única faixa hard-rock do álbum (e a única em particular em ter Gilmour
cantando). As discussões entre Waters e Gilmour nesse ponto eram tão ruins que
eles supostamente não eram visto gravando no mesmo estúdio simultaneamente.
Gilmour disse que ele queria continuar a fazer rock de boa qualidade, e sentiu
que Waters estava construindo sequências de peças de canções meramente como um
veículo para suas letras críticas sociais. Waters diz que seus companheiros de
banda nunca entenderam completamente a importância dos comentários sociais que
ele fazia.
Pelo fim da gravação, o crédito de co-produção de Gilmour foi tirado
do encarte do álbum (apesar de ele ter recebido os direitos autoriais). Não
houve turnê para esse álbum, apesar de as canções do álbum terem sido apresentadas
por Waters em suas futuras turnês solo. Depois do Final Cut, a Capitol Records lançou a coletânea Works, que fez com que a faixa de Waters de 1970,
"Embryo" estivesse disponível pela
primeira vez em um álbum do Pink Floyd. Os membros da banda
foram para seus caminhos separados e gastaram tempo trabalhando em projetos
individuais. Gilmour foi o primeiro a lançar seu álbum solo About Face em
Março de 1984. Wright juntou forças com Dave Harris para formar uma banda nova, Zee, a qual lançou o álbum
experimental Identity um
mês depois do projeto de Gilmour. Em Maio de 1984, Waters lançou The Pros and Cons of Hitch Hiking,
um álbum conceitual que já havia sido proposto para a banda. Waters o havia
escrito ao mesmo tempo que The
Wall, e quando propôs ambos projetos para a banda, decidiu-se por The Wall. Um ano depois dos projetos
dos companheiros de banda, Mason lançou o álbum Profiles,
em conjunto com Rick Fenn, o qual teve participações de Gilmour e o tecladista
Danny Peyronel.
Era David Gilmour: 1987-1995
Em Dezembro de 1985
Waters anunciou que estava saindo do Pink Floyd e descreveu a banda como
"uma força criativa desgastada", embora em 1986 Gilmour e Mason
começassem a gravar um novo álbum para o Pink Floyd. Ao mesmo tempo, Roger
Waters estava trabalhando em seu outro álbum solo, chamado Radio
K.A.O.S. (1987). Uma disputa legal foi inciada por Waters,
reivindicando que o nome "Pink Floyd" deveria ser colocado de lado,
mas Gilmour e Mason seguraram sua convicção que eles tinham direitos legais
para continuar com o "Pink Floyd". O processo acabou se acertando por
um acordo fora dos tribunais.Depois de considerar e rejeitar muitos títulos, o
novo álbum foi lançado como A Momentary Lapse of Reason (que
alcançou 1º lugar no Reino Unido e nos Estados Unidos). Sem Waters, que foi
dominantemente o letrista da banda por uma década, a banda recebeu ajuda de
escritores de fora.
Como o Pink Floyd nunca havia feito isso antes (exceto
pelas contribuições orquestrais com Geesin e Ezrin), essa atitude recebeu
muitas críticas. Ezrin, que renovou a sua amizade com Gilmour em 1983 quando
Ezrin co-produziu o álbum About Face, tanto co-produziu como foi um dos
escritores, além de Jon Carin, que escreveu a canção "Learning to
Fly" e tocou bastante dos teclados do álbum. Wright também
retornou, e inicialmente foi colocado como um músico assalariado durante as
finalizações das gravações, se juntando oficialmente à banda em sua nova turnê. Mais tarde, Gilmour
admitiu que Mason e Wright tiveram pouca participação no álbum. Por causa das
poucas contribuições de Mason e Wright, alguns críticos dizem que A
Momentary Lapse of Reason deveria ser considerado como um trabalho
solo de Gilmour, do mesmo jeito que The Final Cut seria um
trabalho solo de Waters.
Um ano depois, a
banda lançou o álbum ao vivo Delicate Sound of Thunder (1988)
e mais tarde gravou instrumentais para um filme clássico de corrida, chamado La
Carrera Panamericana, filmado no México e com Gilmour e Mason participando
como motoristas. Durante a corrida, Gilmour e o agente Steve O'Rourke (como
seu guia) bateram. O'Rourke teve sua perna quebrada, mas Gilmour saiu somente
com alguns arranhões. Os instrumentais são notáveis por incluirem o primeiro
material do Pink Floyd co-escrito por Wright desde 1975, tanto como o único
material co-escrito por Mason desde Dark Side of the Moon.
Em 1992, eles
lançaram o box Shine On. O set de 9 CDs incluía relançamentos dos álbuns de estúdio, A
Saucerful of Secrets, Meddle, The Dark Side of the Moon, Wish
You Were Here,Animals, The Wall e A
Momentary Lapse of Reason. Um disco bônus chamado Tem também
foi incluso. O encarte incluía caixa que permitia que os álbuns ficassem em pé
juntos, formando a imagem da capa do Dark Side of the Moon. O texto
circular de cada CD inclui as palavras praticamente ilegíveis "The Big
Bong Theory". Nesse ano também ocorreu o lançamento do álbum solo Amused
to Death, de Waters. A próxima gravação da banda foi o Tem de
1994, que contém muito mais trabalho em grupo do que o Momentary Lapse teve,
com Wright reinstalado como um membro total do grupo. O álbum foi recebido mais
favoravelmente pelos críticos e fãs do que o Momentary Lapse, mas foi
intensamente criticado como cansativo e feito sob fórmulas. Este foi o segundo
álbum a chegar ao 1º lugar em ambas paradas do Reino Unido e dos Estados
Unidos.
The Divison Bell foi
outro álbum conceitual, de alguns jeitos representando a visão de Gilmour nos
mesmos temas que Waters discutiu em The Wall. O título foi sugerido para
Gilmour pelo seu amigo Douglas Adams. Várias das letras foram co-escritas pela
namorada de Gilmour na época, Polly Samson,
com quem ele se casou logo depois do lançamento do álbum. Apesar de Samson, o
álbum conteve a maioria dos músicos que participaram da turnê do Momentary
Lapse. Anthony Moore, que
co-escreveu letras para várias canções do álbum anterior, divide composição com
Wright, que teve sua primeira canção em que teve voz principal desde Dark
Side of The Moon, em "Wearing the Inside Out". A escrita de
Moore continuou em praticamente todas as canções do álbum solo de Wright, Broken China.
A banda lançou o
álbum ao vivo P•U•L•S•E em 1995. Ele chegou ao 1º
lugar das paradas dos Estados Unidos e contém canções que foram gravadas da
turnê do Division Bell no Earls Court em Londres. O concerto
do Division Bell é uma mistura do clássico e do Pink Floyd
moderno. O concerto em Earls Court marcaria a primeira vez que a banda tocou
inteiramente o Dark Side of the Moon em duas décadas. Versões de VHS e
Laserdisc do concerto de 20 de Outubro de 1994 também foram lançadas. Uma
versão de DVD também foi lançada em 2006 e rapidamente caiu nas paradas. A
caixa de cd de 1994 tinha um LED, o que fazia com que um ponto vermelho
piscasse (pulsasse) uma vez por segundo, como uma batida de coração. Mais
tarde, em 1995, a banda recebeu seu primeiro e único prêmio Grammy para
Melhor Performance de Instrumental de Rock com "Marooned".
O agente do Pink
Floyd de longa data, Steve O'Rourke morreu em 30 de Outubro de 2003. Gilmour,
Mason e Wright se reuniram no seu funeral e tocaram "Fat Old Sun"
e "Tem" na Catedral de Chichester, como homenagem. Dois anos depois,
em 2 de Julho de 2005, a banda se reuniu uma vez de novo, em uma performance em Londres no Lei.
Desta vez, no entanto, eles se juntaram com Waters - a primeira vez que todos
os quatro integrantes estiveram num palco em 24 anos. A banda tocou um set de
quatro canções consistindo em "Speak to Me/Breathe/Breathe
(Reprise)", "Money", "Wish You Were Here" e "Comfortably
Numb", com Gilmour e Waters dividindo os vocais. No final da
performance Gilmour agradeceu "muito obrigado, boa noite" e começou a
sair do palco. Waters chamou ele de volta, e então a banda deu uma abraço
coletivo, que se tornou uma das imagens mais famosas do Lei
Na semana depois do
Lei 8, houve um renascimento em interesse sobre o Pink Floyd. De acordo com a
cadeia de empresas HMV, as vendas de Echoes: Tem Best of Pink Floyd aumentaram
em 1343%, enquanto Amazon.com constatou aumento das vendas do Tem
Wallem 3600%, Wish You Were Here em 2000%, Tem
Dark Side of the Moon em 1400% e Animals em 1000%.
Subsequentemente David Gilmour declarou que ele doaria a sua parte dos lucros
desse aumento para caridade, e incentivou todos os outros artistas e gravadoras
que se envolveram com o Lei 8 a fazerem o mesmo.
Em 16 de Novembro
de 2005, o Pink Floyd foi indicado no Hall da Fama da Música do Reino Unido por
Pete Townshend. Gilmour e Mason compareceram em pessoa, explicando que Wright
estava num hospital devido a uma cirurgia no olho e Waters apareceu numa
transmissão via satélite, de Roma. David Gilmour
lançou seu terceiro álbum solo, On an Island,
em 6 de Março de 2006 e começou uma turnê de pequenos shows na Europa, Canadá e
Estados Unidos. Com a banda estavam juntos Richard Wright e, durante muitas
vezes para o bis, Nick Mason. Durante a turnê, ele tocou o primeiro single do
Pink Floyd, "Arnold Layne". Waters foi convidado para se juntar a ele
em Londres, mas os últimos ensaios para sua turnê de 2006 o fizeram recusar.
Mason se juntou a Waters em 29 de Junho de 2006 na segunda metade do show em
Cork na Irlanda, onde ele tocou todo o Dark Side of the Moon.
Waters e Wright
trabalharam ambos em álbuns solo, e existem rumores que Waters estaria fazendo
uma versão musical da Broadway de Tem Walt, com canções extras escritas por
ele. Waters também embarcou em sua turnê mundial "Tem Dark Side of the
Moon Lei Tour", e o repertório consistiu no Dark Side of the Moon inteiro,
junto com algumas seleções de canções do Pink Floyd e algumas poucas canções
solo da carreira do Waters. Waters também contribuiu com a canção "Hello (I Love You)",
co-escrita por Howard Shore, para o filme de 2007, "A Chave do
Universo" (Tem Last Minzy). Waters teve a sua ópera "Ça Ira"
executada no Brasil durante o 12º Festival de Ópera de Manaus, com espectáculos
nos dias 15, 22 e 24 de Abril de 2008. Durante o espectáculo do dia 15, Waters
esteve presente.
O tecladista e
membro fundador do Pink Floyd, Richard Wright, morreu em 15 de
Setembro de 2008, aos 65 anos após uma curta batalha contra o câncer, conforme anunciou seu assessor.
Sou fã do pink floyd desde minha infancia,sempre fui fascinado por aqueles musicos cabeludos com suas canções viajadas e sentia o quanto eles eram importantes foi com o floyd que descobri o significado de uma boa musica.Passei anos colecionando materiais do pf que na época eram escassos, mas com a xegada da internet isso mudou.Antes batia a curiosidade em saber quem era eles por que não apareciam em publico ou dificilmente dava entrevista o que aumentava ainda mais o meu fascinio por eles.quem viu esses caras tocarem foram privilegiados quem viu ,viu mas quem não viu como foi meu caso tive q me contentar em ver pelas raras aparições na tv.Pink Floyd foi a maior banda de rock de todos os tempos,uma lenda quem merceia ser destaque nos livros de história pra que nossos filhos vejam o quanto eles foram importantes no mundo da musica e de uma geração que marcou época
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